quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

EDUCAÇÃO SEXUAL NA FAMÍLIA


Os adolescentes têm muitas informações. É surpreendente. Eles sabem coisas, mas em contrapartida, não sabem o que fazer com a informação. É muito importante que pais e professores percebam que os adolescentes não conseguem transformar a informação em educação. Informação por informação não serve para nada. Temos visto por ai, há muito tempo, campanhas veiculadas pela mídia sobre o uso de preservativos e cada vez mais se tem constatado o aumento de adolescentes contaminados pelo HIV, aumento da gravidez precoce, etc. Como e porque isso acontece se tanto foi feito em termos de orientar? Por isso nós precisamos debater, inclusive, o uso do termo: orientar. Dizemos que orientação não adianta temos que educar.

Educar demanda algo que é mais complexo, que é um processo. Por exemplo: se alguém pergunta como atravessar a rua? Eu oriento e depois a pessoa vai embora. No educar: a pessoa internaliza a informação e se conscientiza do que, e do porque se devem ter certos comportamentos e atitudes em relação a determinadas coisas, isso impede de se cometer erros grotescos e irresponsáveis. Com Adolescentes precisamos que pensar em termos de um projeto de educação sexual. Não bastam campanhas.

Nesse projeto, é importante entender que são praticamente as crianças que estão se relacionando através do ato sexual. Já vimos noticias de meninas com nove anos tendo bebês, isso significa que no final de oito anos ele se relacionou ou foi abusada sexualmente. Está faltando todo o investimento em educação sexual. Que a sociedade possa entender que a liberdade sexual não significa que se libera tudo a qualquer tempo.

Nesse processo existem normas, regras e limites. Nós nos esquecemos de trabalhar com crianças, adolescente e daí por diante, que o ato sexual propriamente dito deveria se dar somente na idade adulta por uma serie de razões. Seria um momento em que este ser humanos teria condições de saber o quer e por que quer, Não preciso sais por ai fazendo o que todos fazem, porque “senão estou fora do grupo”.

Quando meninos ou meninas transam com dez, 12 anos para não ficarem fora da moda, porque “todo mundo faz”, temos que fazer uma revisão da educação; esta havendo alguma falha. Se a criança, o adolescente, o jovem não tiver condições de discernir que o que ele quer para si não é o que todos necessariamente vão fazer, houve falha no processo de educação sexual.


Partimos de um modelo, de um paradigma de educação sexual que pode ser compreensiva, de cunho emancipatório. As pessoas às vezes às vezes acham isso contraditório, mas a gente coloca liberdade com responsabilidade, com limites, com normas. Não é liberdade do “tudo pode”, mas a liberdade de que, a partir do acesso ao conhecimento, eu tenho livre arbítrio para poder escolher o que quero, mas com responsabilidade e compromisso.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

CURSO DE TEATRO GRATUITO INSCRIÇÕES ABERTAS






As inscrições acontecem do dia 05 até o dia 09 de agosto, na própria Casa da Cultura de Olímpia, Rua são João, 942. Mais informações pelo telefone (17) 3281-6415 com Franciele e ou (17) 9209-7124.

domingo, 7 de julho de 2013

Olímpia realizou a IX Conferência Municipal de Assistência Social



Na última sexta-feira, 5, aconteceu a IX Conferência Municipal de Assistência Social. O evento foi realizado na Casa da Cultura de Olímpia com o tema “A gestão e o financiamento na efetivação da SUAS”. O SUAS é o Sistema Único de Assistência Social.

A abertura do evento se deu por volta da 8:30h com o Hino Nacional e apresentação cultural do “Coral do Projeto Semear” crianças e jovens que cantaram a canção “Aquarela” do compositor Toquinho, encantando o público.

A mesa de honra do evento foi composta pelo Sr. Luiz Gustavo Pimenta, Secretário da Assistência Social, Sr. Genival Ferreira de Miranda, Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Vereadora Cristina Reale, Vereador Leonardo Simões, Assistente Social Joyce Martinussi, representante dos trabalhadores, Sra. Rosemeire do Patrocínio, representante dos usuários da assistência social e Irmã Eliane Alvez dos Santos da Paróquia São José, representando as entidades sociais. Estiveram presentes na ocasião os vereadores; Hilário Ruiz, Antonio Luiz Moreira Salata, Marco Coca, dentre outras autoridades.
Após a leitura do regimento interno feita pelo Sr. Genival Miranda, que presidiu a Conferência, o mesmo nomeou o Secretário da Assistência Social, Gustavo Pimenta como presidente de honra, dando assim a abertura dos trabalhos, que teve início à palestra com as Técnicas e Assistente Sociais: Edna Marques (Diretora da Proteção Básica) e Adriana Rossi (Diretora da Proteção Especial), que explanaram sobre os seis eixos pertinentes ao tema.
Ao termino da palestra o presidente da conferência convidou os delegados a um breve intervalo para um breve café e retornaram com a formação de grupos divididos por eixos temáticos que deram inicio ao debate onde possibilitou formular propostas e recomendações avaliativas década grupo que foram expostas à plenária no final dos trabalhos para deliberação.
No final do evento aconteceu a escolha dos delegados de 4 (quatro) delegados para Conferência Regional de Barretos que determinará a delegação que irá representar nossa região na IX Conferencia Estadual de Assistência Social que será realizada nos dias 01, 02 e 03 de outubro de 2013 no município de Atibaia.
Segundo o presidente do CMAS, Genival Miranda, a conferencia atingiu seu objetivo de forma tranquila, ressaltou também a importância da participação de toda sociedade e elogiou a palestra que enfatizou a dificuldade que ainda existe em fazer as pessoas entenderem que a Assistência Social é política pública e não caridade. Ainda lembrou que a diversidade do país é grande e que, da mesma forma que no SUS (Sistema Único de Saúde), o SUAS serve para que se tenha um padrão de atendimento na área social, sendo, assim as conferências existem para avaliar e evoluir esse padrão, por isso as políticas sociais só pode ser construídas em parceria poder público e sociedade. Afirma Genival.

sábado, 15 de junho de 2013

TEMPOS SEM EDUCAÇÃO

Tenho saudade da sala de aula há 20 anos atrás, onde os alunos ainda se comportavam como alunos, estavam na escola para aprender alguma coisa, isso é, a escola é lugar de se aprender alguma coisa que se vai utilizar na vida, podendo se desenvolver como pessoa e cidadão.  Passado algum tempo os alunos tem mudado cada vez mais o seu comportamento dentro da sala de aula. Por exemplo, um hábito muito comum é não ouvir o professor, despreza-lo, como se ele não existisse, falar muito alto (gritar) quando o professor explica a matéria, como se o que o professor está tentando ensinar, fosse algo já aprendido. Não sei quem inventou esse negocio de “Escola para todos”, escola deveria ser para quem quer, para quem necessita, para todos que estão abertos a apreender.
Muitas vezes me pergunto; “Porque certos alunos vão à escola?”, vivem gritando, não prestam atenção em nada, reclamam de tudo: reclamam se tem que escrever na aula de produção de texto, mas se não escrever na aula de produção de textos não aprendo a escrever? Reclamam das atividades extra classe, aula na sala de multimídia é dispersão total, o que pode atrair os alunos de hoje? Ah! Já sei internet!! Sim, vamos pesquisar na internet, quando menos percebemos lá estão eles entrando em jogos e o laboratório de informática se torna uma “lan hause”
Falta de atenção, agressividade, baixo rendimento escolar, baixa auto-estima, falta de cuidados com o corpo, falta de respeito com os colegas, professores e funcionários, violência etc. Enfim, qual o professor que não se deparou com esses "problemas?" Acredito que todos ou quase todos.
O que fazer então para melhorar esse quadro? Como a professor poderá contribuir diante destes comportamentos? Haverá uma receita? Uma fórmula mágica? Claro que não.
Sabe-se que o comportamento dos alunos está diretamente ligado ao meio em que vive. Quase sempre as relações sociais exercem grandes influências sobre as suas atitudes. Conclui-se então que, o processo de socialização é o ponto de partida para as mudanças de atitudes.
Penso que os alunos vivem num ambiente onde todas as pessoas gritam ninguém fala baixo, isso denota uma grande disputa por atenção, normalmente ninguém se ouve mais, todos querem atenção e por isso o grito se torna um habito comum, porem dentro do crivo das boas maneiras e dos hábitos aceitos sociavelmente esses maus hábitos, chamam de falta de educação e boas maneiras.

Defendo a ideia de se programar projetos de reeducação social, onde as famílias possam ser orientadas, podendo aprender a viver de maneira salutar respeitando as diferenças e a individualidade, reconstruir as boas maneirar que ajudam as pessoas a conviver no coletivo, para isso às pessoas precisam deixar de ser egoístas e individualistas. Resgatar esse sentido de viver harmoniosamente na coletividade é fundamental para a educação. Por isso esse tipo de educação que era aplicado pelas famílias aos seus filhos, não existe mais, por isso deve ser feito pelo caminho inverso, as famílias precisam ser educadas para que os filhos e alunos se comportem positivamente no contexto social.  A educação começa quando podemos nos relacionar com respeito, reconhecendo nossos limites, com a consciência que a nossa liberdade termina quando começa o direito do outro.

Por: Genival Miranda


GENIVAL FERREIRA DE MIRANDA

Possui graduação em LETRAS e PEDAGOGIA pela Faculdade Ernesto Riscali – Olímpia- SP. Atualmente é professor na rede estadual de ensino, foi diretor na ONG Humanizar (Entidade sem fins lucrativos que realiza ações com crianças, adolescentes e jovens), foi coordenador Pedagógico na AOPA – Associação Olimpiense de promoção do Adolescente (Preparação profissional para jovens e adolescentes amparados pela lei do menor aprendiz). Possui experiência na área de Educação, atuando como professor e coordenador, principalmente nos seguintes temas: Literatura: contos e lendas, Teatro, orientação profissional, cidadania e controle social. Um dos idealizadores do Projeto Catalendas, desenvolvido na cidade de Olímpia, criador do Grupo Teatro Expressão.

domingo, 24 de março de 2013

RECONCILIAÇÃO



Quantas vezes tomamos decisões precipitadas e escolhas erradas nessa vida? Não são poucas às vezes em que também decidimos nos aventurar longe de Deus... justamente a essa “distancia” que chamamos de “pecado”. O pecado nasce com a separação entre o ser humano e Deus que é puro amor.
Quando estamos distantes do Senhor, percebemos um vazio, então brota em nossos corações o desejo de reencontrá-lo, porem, não podemos negar que quando isso ocorre nos encontramos angustiados por pensar que o que fizemos não tem mais volta. No entanto, este é o momento propício de decidirmos voltar e apresentar nossos erros diante daquele que sempre nos esperou.
O sacramento da reconciliação é sinal de um Deus que nos espera e nos acolhe em sua casa. Assumindo nossas faltas, de coração contrito, nos chegamos a ele, suplicando seu perdão. Perdoamos a ele, suplicando o seu perdão. Perdoados, Nele permanecemos. A igreja não é a comunidade dos perfeitos, mas dos filhos que estão a procura da reconciliação.
Na reconciliação, temos a oportunidade de recomeçar mais uma vez, abandonando o passado e iniciando um tempo novo, sem deixar de ser quem verdadeiramente somos, pois o sacramento no ajuda a sermos mais quem devemos ser.
Quando descobrimos a riqueza deste sacramento, nós não tememos busca-lo. Vemos no ministro da Igreja, a figura do Pai que acolhe, aconselha, perdoa e reintegra à grande família eclesial. E no ato da confissão que o pecador reconsilia-se com Deus e com a igreja. “Está dito na palavra “reconciliação” (re= novamente; concilium=concilio, união: a nossa relação com Deus fica novamente limpa.”
Muitas vezes nos identificamos com o filho pródigo ( aquele que se afasta do Pai e depois retorna arrependido), porém outras vezes nos identificamos com o irmão do filho pródigo que se sentiu injustiçado com o comportamento do Pai que acolhe o filho que errou oferecendo uma festa a este filho. No evangelho não diz se o irmão do filho pródigo participou da festa que o Pai promoveu para o filho arrependido. Se fosse você, participaria da festa junto com os outros convidados?

Redação: Genival Ferreira de Miranda